sexta-feira, 22 de julho de 2011

LÍNGUA PORTUGESA II

5. CONEXÕES

Os conectivos também são elementos de coesão. Uma leitura eficiente do texto pressupõe, entre outros cuida-
dos, o de depreender as conexões estabelecidas pelos conectivos.

5.1. PRINCIPAIS CONECTIVOS




16. A alternativa que substitui, correta e respectivaente, as conjunções ou locuções grifadas nos períodos abaixo é:
I. Visto que pretende deixar-nos, preparamos uma festa de despedida.
II. Terá sucesso,  contanto que tenha amigos influentes.
III. Casaram-se e viveram felizes, tudo  como estava escrito nas estrelas.
IV. Foi transferido,  portanto não nos veremos com muita freqüência.
a) porque, mesmo que, segundo, ainda que.
b) como, desde que, conforme, logo.
c) quando, caso, segundo, tão logo.
d) salvo se, a menos que, conforme, pois.
e) pois, mesmo que, segundo, entretanto.

17. Assinale a alternativa em que o pronome relativo “onde” obedece aos princípios da língua culta escrita.
a) Os fonemas de uma língua costumam ser representados por uma série de sinais gráficos denominados letras, onde o conjunto delas forma a palavra.
b) Todos ficam aflitos no momento da apuração, onde será conhecida a escola campeã.
c) Foi discutida a pequena carga horária de aulas de Cálculo e Física, onde todos concordaram e desejam mais aulas.
d) Não se pode ferir um direito constitucional onde visa a garantir a educação pública e gratuita para todos.
e) Não se descobriu o esconderijo onde os seqüestradores o deixaram durante esses meses todos.

18. Nos períodos abaixo, as orações sublinhadas estabelecem relações sintáticas e de sentido comoutras orações.
I. Eles compunham uma grande coleção, que foi se dispersando  à medida que seus filhos se casavam, levando cada qual um lote de herança. (PROPORCIONALIDADE)
II. Mal se sentou na cadeira presidencial, Itamar Franco passou a ver conspirações. (MODO)
III. Nunca foi professor da UnB, mas por ela se aposentou. (CONTRARIEDADE)
IV. Mesmo que tenham sido só esses dois, (...) já não se configuraria a roubalheira (...) ? (CONCESSÃO)
A classificação dessas relações está  correta  somente nos períodos
a) I, II e III.
b) II e IV.
c) I e III.
d) II, III e IV.
e) I, III e IV.

19. Os princípios da coerência e da coesão não foram violados em:
a) O Santos foi o time que fez a melhor campanha do campeonato. Teria, no entanto, que ser o campeão este ano.
b) Apesar da Sabesp estar tratando a água da Represa de Guarapiranga, portanto o gosto da água nas regiões sul e oeste da cidade melhorou.
c) Mesmo que os deputados que deponham na CPI e ajudem a elucidar os episódios obscuros do caso dos precatórios, a confiança na instituição não foi abalada.
d) O ministro reafirmou que é preciso manter a todo custo o plano de estabilização econômica, sob pena de termos a volta da inflação.
e) Antes de fazer ilações irresponsáveis acerca das medidas econômicas, deve-se procurar conhecer as razões que, por isso as motivaram.
As questões 20 e 21 referem-se ao texto que segue.
Imposto
A insistência das secretarias estaduais de Fazenda em cobrar 25% de ICMS dos provedores de acesso à Internet deve acabar na Justiça. A paz atual entre os dois lados é apenas para celebrar o fim do ano. Os provedores argumentam que não têm de pagar o imposto porque não são, por lei, considerados empresas de telecomunicação, mas apenas prestadores de serviços. Com o caixa quebrado, os Estados permanecem irredutíveis. O Ministério da Ciência e Tecnologia alertou formal- mente ao ministro da Fazenda, Pedro Malan, que a imposição da cobrança será repassada para o consumidor e pode prejudicar o avanço da Internet no Brasil. Hoje, pagam-se em média 40 reais para se ligar à rede.
(Veja – 8/1/97, p. 17)

20. Infere-se do texto que
a) as empresas caracterizadas como prestadoras de serviço estão isentas do ICMS.
b) todas as pessoas que desejam ligar-se à Internet devem pagar 40 reais de ICMS.
c) os provedores de acesso à Internet estão processando os consumidores que não pagam o ICMS.
d) os Estados precisam cobrar mais impostos dos provedores para não serem punidos pelo Ministério da Ciência e Tecnologia.
a) o desenvolvimento da Internet no Brasil está sendo prejudicado pela cobrança do ICMS.

21. A conjunção mas no texto estabelece uma relação de
a) tempo.
b) adição.
c) conseqüência.
d) causa.
e) oposição.

22. Assinale a única conjunção  incorreta para completar a lacuna do texto.
A partir do ofício enviado pelo fisco, começou-se a levantar informações sobre a sonegação de imposto de renda no mundo do esporte no Brasil. “O futebol já é o quarto maior mercado de capitais do mundo”, diz Ives Gandra Martins, advogado tributarista e conselheiro do São Paulo Futebol Clube,______________ só agora a Receita começa a prestar atenção nos jogadores.

Em outros países não é assim. Nos Estados Unidos, ano passado, a contribuição fiscal do astro do basquete Michael Jordan chegou a 20,8 milhões de dólares. (Exame – 27 de agosto de 1997)
a)     todavia.
b) conquanto.
c) entretanto.
d) não obstante.
e) no entanto.
 
IV. PARÁFRASE
  Paráfrase é a reprodução explicativa de um texto ou de unidade de um texto, por meio de uma linguagem mais onga. Na paráfrase sempre se conservam basicamente as idéias do texto original. O que se inclui são comentários, idéias e impressões de quem faz a paráfrase. Na escola, quando o professor, ao comentar um texto, inclui outras idéias, alongando-se em função do propósito de ser mais didático, faz uma paráfrase.
  Parafrasear consiste em transcrever, com novas palavras, as idéias centrais de um texto. O leitor deverá fazer uma leitura cuidadosa e atenta e, a partir daí, reafirmar e/ou esclarecer o tema central do texto apresentado, acrescentando aspectos relevantes de uma opinião pessoal ou acercando-se de críticas bem fundamentadas. Portanto, a paráfrase repousa sobre o texto-base, condensando-o de maneira direta e imperativa. Consiste em um excelente exercício de redação, uma vez que desenvolve o poder de síntese, clareza e precisão vocabular. Acrescenta-se o fato de possibilitar um diálogo intertextual, recurso muito utilizado para efeito estético na literatura moderna.

Como ler um texto 

  Recomendam-se duas leituras. A primeira chamaremos de leitura vertical e a segunda, de leitura horizontal.  
  Leitura horizontal é a leitura rápida que tem como finalidade o contato inicial com o assunto do texto. De posse desta visão geral, podemos passar para o próximo passo.  
  Leitura vertical consiste em uma leitura mais atenta; é o levantamento dos referenciais do texto-base para a perfeita compreensão. É importante grifar, em cada parágrafo lido, as idéias principais. Após escrever à parte as idéias recolhidas nos grifos, procurando dar uma redação própria, independente das palavras utilizadas pelo autor do texto. A esta etapa, chamaremos de levantamento textual dos referenciais. A redação final é a união destes referenciais, tendo o redator o cuidado especial de unir idéias afins, de acordo com a identidade e evolução do texto-base. 

Exemplo de paráfrase 

Profecias de uma Revolução na Medicina 
  Há séculos, os professores de segundo grau da Sardenha vêm testemunhando um fenômenos curioso. Com a chegada da primavera, em fevereiro, alguns de seus alunos tornam-se apáticos. Nos três meses subseqüentes, sofrem uma baixa em seu rendimento escolar, sentem-se tontos e nauseados, e adormecem na sala de aula. Depois, repentinamente, suas energias retornam. E ficam ativos e saudáveis até o próximo mês de fevereiro.
  Os professores sardenhos sabem que os adultos também apresentam sintomas semelhantes e que, na realidade, alguns chegam a morrer após urinarem uma grande quantidade de sangue. Por vezes, aproximadamente 35% dos habitantes da ilha chegam a ser acometidos por este mal.
  O Dr. Marcelo Siniscalco, do Centro de Cancerologia Sloan-Kedttering, em Nova Iorque, e o Dr. Arno G. Motulsky, da Universidade de Washington, depararam pela primeira vez com a doença em 1959, enquanto desenvolviam um estudo sobre padrões de hereditariedade e determinaram que os sardenhos eram vítimas de anemia hemolítica, uma doença hereditária que faz com que os glóbulos vermelhos do sangue se desintegrem no interior dos veios sangüíneos. Os pacientes urinavam sangue porque os rins filtram e expelem a hemoglobina não aproveitada. Se o volume de destruição for mínimo, o resultado será a letargia; se for aguda, a doença poderá acarretar a morte do paciente.
  A anemia hemolítica pode ter diversas origens. Mas na Sardenha, as experiências indicam que praticamente
todas as pessoas acometidas por este mal têm deficiência de uma única enzima, chamada deidrogenase fosfo-glucosada-6 (ou G-6-PD), que forma um elo de suma importância na corrente de produção de energia para as células vermelhas do sangue.
  Mas os sardenhos ficam doentes apenas durante a primavera, o que indica que a falta de G-6-PD da vítima não aciona por si só a doença - que há algo no meio ambiente que tira proveito da deficiência. A deficiência genética pode ser a arma, mas um fator ambiental é quem a dispara.
  Entre as plantas que desabrocham durante a primavera na Sardenha encontra-se a fava ou feijão italiano - observou o Dr. Siniscalco. Esta planta não tem uma boa reputação desde ao ano 500 a.C. , quando o filóso-
fo grego e reformador político Pitágoras proibiu que seus seguidores a comessem, ou mesmo andassem por
entre os campos onde floresciam. Agora, o motivo de tal proibição tornou-se claro; apenas aquelas pessoas
que carregam o gene defeituoso e comiam favas cruas ou parcialmente cozidas (ou inspiravam o pólen de uma planta em flor) apresentavam problemas. todos os demais eram imunes.
  Em dois anos, o Dr. Motusky desenvolveu um teste de sangue simples para medir a presença ou ausência de G-6-PD. Atualmente, os cientistas têm um modo de determinar com exatidão quem está predisposto à doença e quem não está; a enzima hemolítica, os geneticistas começaram a fazer a triagem da população da ilha. Localizaram aqueles em perigo e advertiram-lhes para evitar favas de feijão durante a estação de floração. Como resultado, a incidência de anemia hemolítica e de estudantes apáticos começou a declinar. O uso de marcadores genéticos como instrumento de previsão da reação dos sardenhos à fava de feijão há 20 anos foi uma das primeiras vezes em que os marcadores genéticos eram empregados deste modo; foi um avanço que poderá mudar o aspecto da medicina moderna. Os marcadores genéticos podem prever agora a possível eclosão de outras doenças e, tal como a anemia hemolítica, podem auxiliar os médicos a prevenirem totalmente os ataques em diversos casos. (Zsolt Harsanyi e Richard Hutton, publicado no jornal O Globo).

23. Assinale a opção que mantém o mesmo sentido do trecho sublinhado a seguir:
Uma das grandes dificuldades operacionais encontradas em planos de estabilização é o conflito entre perdedores e ganhadores.  Às vezes reais, outras fictícios, estes conflitos geram confrontos e polêmicas que, com freqüência, podem pressionar os formuladores da política de estabilização a tomar decisões erradas e, com isto, comprometer o sucesso das estratégias antiinflacionárias. (Folha de S.Paulo, 7/5/94)
a) Estes conflitos, reais ou fictícios, geram confrontos e polêmicas que, freqüentemente, podem pressionar os formuladores da política de estabilização a tomar decisões erradas, sem, com isso, comprometer o sucesso das estratégias antiinflacionárias.
b) O sucesso das estratégias antiinflacionárias pode ficar comprometido se, pressionados por conflitos, reais ou fictícios, os formuladores da política de estabilização tomarem decisões erradas.
c) Os conflitos, às vezes reais, outras fictícios, que podem pressionar os formuladores da política de estabilização a confrontos e polêmicas, comprometem o sucesso das antiinflacionárias.
d) O sucesso das estratégias antiinflacionárias pode ficar comprometido se os formuladores da política de estabilização, pressionados por confrontos e polêmicas decorrentes de conflitos, tomarem decisões erradas.
e) Os formuladores da política de estabilização podem tomar decisões erradas se os conflitos, grados por confrontos e polêmicas os pressionaerem; o sucesso das estratégias antiinflacionárias fica, com isto comprometido.
 
24. Marque a opção que não constitui paráfrase do segmento abaixo:
“O abolicionismo, que logrou pôr fim à escravidão nas Antilhas Britânicas, teve peso ponderável na política antinegreira dos governos britânicos durante a primeira metade do século passado. Mas tiveram peso também os interesses capitalistas, comerciais e industriais, que desejavam expandir o mercado ultramarino, de produtos industriais e viam na inevitável miséria do trabalhador escravo um obstáculo para este desiderato.” (P. Singer, A formação da classe operária, São Paulo, Atual, 1988, p.44)
a) Na primeira metade do século passado, a despeito da forte pressão do mercado ultramarino em criar consumidores potenciais para seus produtos in- dustriais, foi o movimento abolicionista o motor que pôs cobro à miséria do trabalhador escravo.
b) A política antinegreira da Grã-Bretanha na primeira metade do século passado foi fortemente influenciada não só pelo ideário abolicionista como também pela pressão das necessidades comerciais e industriais emergentes.
c) Os interesses capitalistas que buscavam ampliar o mercado para seus produtos industriais tiveram peso considerável na formulação da política antinegreira inglesa, mas teve-o também a consciência liberal antiescravista.
d) Teve peso considerável na política antinegreira britânica, o abolicionismo. Mas as forças de mer- cado tiveram também peso, pois precisavam dispor de consumidores para seus produtos.
e) Ocorreu uma combinação de idealismo e interesses materiais, na primeira metade do século XIX, na formulação da política britânica de oposição à escravidão negreira.
 
V. Perífrase

Observe:
O povo lusitano foi bastante satirizado por Gil Vicente. Utilizou-se a expressão “povo lusitano” para substituir
“os portugueses”. Esse rodeio de palavras que substituiu um nome comum ou próprio chama-se perífrase.
 é a substituição de um nome comum ou próprio por um expressão que a caracterize. Nada mais é
do que um circunlóquio, isto é, um rodeio de palavras.
 
Outros exemplos:
astro rei (Sol) | última flor do Lácio (língua portuguesa)
Cidade-Luz (Paris)
Rainha da Borborema (Campina Grande) | Cidade Ma-
ravilhosa (Rio de Janeiro)
 
Observação: existe também um tipo especial de perífrase que se refere somente a pessoas. Tal figura de
estilo é chamada de antonomásia e baseia-se nas qualidades ou ações notórias do indivíduo ou da entidade a que a expressão se refere.
 
Exemplos:
A rainha do mar (Iemanjá)
O poeta dos escravos (Castro Alves)
O criador do teatro português (Gil Vicente)
 
VI. SÍNTESE
A síntese de texto é um tipo especial de composição que consiste em reproduzir, em poucas palavras, o que
o autor expressou amplamente. Desse modo, só devem ser aproveitadas as idéias essenciais, dispensando-se tudo o que for secundário.
 
Procedimentos:
1. Leia atentamente o texto, a fim de conhecer o assunto e assimilar as idéias principais;
2. Leia novamente o texto, sublinhando as partes mais importantes, ou anotando à parte os pontos que devemser conservados;
3. Resuma cada parágrafo separadamente, mantendo a seqüência de idéias do texto original;
4. Agora, faça seu próprio resumo, unindo os parágrafos, ou fazendo quaisquer adaptações conforme desejar;
5. Evite copiar partes do texto original. Procure exercitar seu vocabulário. Mantenha, porém, o nível de lingua-gem do autor

6.  Não se envolva nem participe do texto. Limite-se a sintetizá-lo.
Sem copiar frases, RESUMIR, o texto abaixo:
 
O QUINZE
Debaixo de um juazeiro grande, todo um bando de retirantes se arranchara: uma velha, dois homens, uma mulher nova, algumas crianças.
O sol, no céu, marcava onze horas. Quando Chico Bento, com seu grupo, apontou na estrada, os homens esfolavam uma rês e as mulheres faziam ferver uma lata de querosene cheia de água, abanando o fogo com um chapéu de palha muito sujo e remendado.
Em toda a extensão da vista, nenhuma outra árvore surgia. Só aquele juazeiro, devastado e espinhento, verdejava a copa hospitaleira na desolação cor de cinza da paisagem.
Cordulina ofegava de cansaço. A Limpa-Trilho gania e parava, lambendo os pés queimados.
Os meninos choramingavam, pedindo de comer.
E Chico Bento pensava:
 – Por que, em menino, a inquietação, o calor, o cansaço, sempre aparecem com o nome de fome?
– Mãe, eu queria comer... me dá um taquinho de rapa-dura!
– Ai, pedra do diabo! Topada desgraçada! Papai, vamos comer mais aquele povo, debaixo desse pé de pau?
O juazeiro era um só. O vaqueiro também se achou no direito de tomar seu quinhão de abrigo e de frescura.
E depois de arriar as trouxas e aliviar a burra, reparou nos vizinhos. A rês estava quase esfolada. A cabeça inchada não tinha chifres. Só dois ocos podres, malcheirosos, donde escorria uma água purulenta.
Encostando-se ao tronco, Chico Bento se dirigiu aos esfoladores:
 – De que morreu essa novilha, se não é da minha conta?
Um dos homens levantou-se, com a faca escorrendo sangue, as mãos tintas de vermelho, um fartum sangrento envolvendo-o todo:
 – De mal-dos-chifres. Nós já achamos ela doente. E vamos aproveitar, mode não dar para os urubus.
Chico Bento cuspiu longe, enojado:
– E vosmecês têm coragem de comer isso? Me ripuna só de olhar...
O outro explicou calmamente:
– Faz dois dias que a gente não bota um de-comer de panela na boca...
Chico Bento alargou os braços, num grande gesto de
fraternidade:
– Por isso não! Aí nas cargas eu tenho um resto de criação salgada que dá para nós. Rebolem essa porqueira pros urubus, que já é deles! Eu vou lá deixar um cristão comer bicho podre de mal, tenho um bocado no meu surrão!
Realmente a vaca já fedia, por causa da doença. Toda descarnada, formando um grande bloco sangrento, era uma festa para os urubus vê-la, lá de cima, lá da frieza mesquinha das nuvens. E para comemorar o achado executavam no ar grandes rondas festivas, negrejando as asas pretas em espirais descendentes.
Rachel de Queiroz

MODELO
Arranchados sob um juazeiro, em meio àquela desolação, um bando de retirantes tentava aproveitar uma vaca já em estado de putrefação, para combater-lhe a fome de dois dias. Quando Chico Bento, com o seu bando, aproxima-se também em busca de abrigo e, compade-cendo-se daquela situação, divide com os miseráveis o resto de alimento que trazia, deixando o animal para os urubus.

VII. COMO RESUMIR UM TEXTO
  Ler não é apenas passar os olhos no texto. É preciso saber tirar dele o que é mais importante, facilitando o trabalho da memória. Saber resumir as idéias expressas em um texto não é difícil. Resumir um texto é reproduzir com poucas palavras aquilo que o autor disse.
 
Para se realizar um bom resumo, são necessárias al-gumas recomendações:
1. Ler todo o texto para descobrir do que se trata.
2. Reler uma ou mais vezes, sublinhando frases ou palavras importantes. Isto ajuda a identificar.
3. Distinguir os exemplos ou detalhes das idéias principais.
4. Observar as palavras que fazem a ligação entre as diferentes idéias do texto, também chamadas de conectivos: “por causa de”, “assim sendo”, “além do mais”, “pois”, “em decorrência de”, “por outro lado”, “da mesma forma”.
5. Fazer o resumo de cada parágrafo, porque cada um encerra uma idéia diferente.
6. Ler os parágrafos resumidos e observar se há uma estrutura coerente, isto é, se todas as partes estão bem encadeadas e se formam um todo.
7. Num resumo, não se devem comentar as idéias do autor. Deve-se registrar apenas o que ele escreveu, sem usar expressões como “segundo o autor”, “o autor afirmou que”.
8. O tamanho do resumo pode variar conforme o tipo de assunto abordado. É recomendável que nunca ultrapasse vinte por cento da extensão do texto original.
9. Nos resumos de livros, não devem aparecer diálogos, descrições detalhadas, cenas ou personagens secundárias. Somente as personagens, os ambientes e as ações mais importantes devem ser registrados.

GABARITO
01. A 02. C 03. B 04. B 05. C
06. A 07. C 08. A 09. D 10. E
11. E 12. C 13. E 14. A 15. B
16. B 17. E 18. E 19. D 20. A
21. E 22. B 23. D 24. A

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